terça-feira, 13 de março de 2012

Afinal ninguém desce de divisão

Foi aprovado ontem à noite, na Assembleia-Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, o alargamento do principal campeonato português, para 18 clubes, e da Liga de Honra, para 22 equipas, mas sem existir qualquer despromoção.


Liga Portuguesa de
Futebol Profissional
A apresentação desta solução (que contou com 23 votos a favor, 21 votos contra e quatro abstenções) surgiu, em consequência, da proposta da criação de uma "liguilha", no final da presente época, entre os 15º e 16º classificados da Liga Zon Sagres, e os 3º e 4º classificados da Liga Orangina, ter sido rejeitada.

Para o recém-nomeado Presidente da Liga de Clubes, Mário Figueiredo, esta alteração das regras não vai retirar competitividade à Liga, "até porque já existe, nesta fase da época, uma série de clubes que já não lutam para nada".

Relembre-se que Mário Figueiredo sempre afirmou que haveriam descidas, em ambos os escalões, e que "seria um autêntico desastre se não houvesse descidas, pois nas competições desportivas há que dar mérito a quem tem resultados e não se deve premiar quem fica em último lugar"

Esta decisão vem confirmar as declarações do Presidente do Gil Vicente, António Fiúza, que, aquando da proposta da "liguinha" para solucionar a questão do alargamento, afirmou que Mário Figueiredo lhe havia prometido (e a outros Presidentes) que nenhuma equipa iria descer de divisão.

O treinador do Paços de Ferreira, Henrique Calisto, já comentou o assunto, referindo, à Agência Lusa, que "o alargamento é bom", pois favorece a competitividade da competição, e que não percebe "a razão de tantas dúvidas sobre o alargamento, será que a quarta melhor Liga da Europa não merece ter 18 clubes?''

Porém, o técnico pacense também argumentou que ''o mais justo desportivamente seria a realização de uma liguilha''.

Já António Fiúza defendeu que "esta reunião serviu sobretudo para demonstrar que o poder do futebol está a mudar" e que "é o cumprimento da promessa feita pelo presidente da Liga, Mário Figueiredo".

Entre as vozes mais críticas estão as do Administrador da SAD do Sporting, Luís Duque, que salientou que esta decisão vai retirar, ainda mais, credibilidade ao futebol português, o que levará "ao fim da macacada", e do Presidente do Nacional da Madeira, Rui Alves, que vai "impugnar" os resultados da Assembleia.

Apesar de tudo, esta medida ainda vai ter de ser aprovada pela Federação Portuguesa de Futebol.

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